O prazer de não ser visto
“A modernidade tem esses artifícios. A ideia da fotografia, por exemplo, que não é tão recente: projetar uma imagem para além daquele instante em que você está vivo é uma coisa fantástica. E assim ficamos presos em uma espécie de looping sem sentido.” Airton Krenak, A vida não é útil O prazer de não ser visto Não de se projetar para o vislumbre de outros, como se nossa existência fosse um espetáculo e tudo que fizemos tivesse alguma relevância. A história dos grandes feitos tinha lá suas peculiaridades, a quem essa história servia, a qual grupo gostaria de privilegiar, quem seria o responsável por tecer essa narrativa, mas nos tempos de hoje, tudo é considerável relevante, tudo é anunciado, tudo é relevante, tudo é compartilhado. De não se tornar massa de manobra Os feitos não vem mais carregados de sentido para um coletivo, para desenvolvimento da humanidade, para o aprimoramento de antigas práticas, mas conteúdos vazios a serviço de um capital que lucra com você se...