RELAÇÕES RACIAIS: Referências Técnicas para a atuação de Psicólogas(os) e as Relações Étnico-Raciais sobre o crivo da Psicologia

As relações sociais, os estudos dos grupos e da sociedade, compõem um dos objetos de estudo da área da Psicologia social, dentre essas linhas de pesquisa um aspecto que surge das relações sociais que diz respeito às relações étnico-raciais. 

O racismo é considerado uma estrutura porque é através dele que se é definido contingências vantajosas e desvantajosas para determinados grupos que se beneficiam e dos grupos que são oprimidos por ser algo dinâmico e aprendido. Em estudos, a matriz do racismo no Brasil é de cunho católica-ibérica, diferente de outros lugares de origem anglo-saxões.

A discriminação racial tem a ver com aceso e oportunidade. Bem na utilização de bens, direitos e serviços, a confluência ocorre a união desses fatores quando o indivíduo se enxerga numa situação de rebaixamento social e político, sem o poder de palavra, sem o poder de decisão, sem o poder de influenciar no próprio projeto de vida e felicidade.

A Psicologia  mediante esses expostos, se utiliza da área da psicologia social possui um papel decisivo para além de se pensar em avanços legais e constitucionais, mas avanços nas relações interpessoais perante o racismo com intervenções psicossociais estruturada em um letramento étnico-racial, uma promoção da paridade participativa na vida social, ou seja, a necessidade de uma representatividade e por o terceiro aspecto diz da produção de uma suspeita crítica sobre os sistemas de valoração, em que diferente experiências de socialização vão implicar diretamente em diferentes formas de ser, existir e pensar.

Concomitante a essas questões, o Conselho Federal de Psicologia afirma que o racismo enquanto uma estrutura que opera na sociedade promovendo desigualdade e engendrando formas precárias de existência das pessoas negras, não condiz com o compromisso do Código de Ética Profissional de Psicólogos e Psicólogas que procura estabelecer uma relação com as ações propostas na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Portanto, pensar a Psicologia para além de políticas públicas em atenção as relações raciais, é buscar o combate à discriminação institucional, promover a sensibilização de gestores e demais profissionais além de trabalhar em prol de garantia de direitos e promoção de bem estar social.


Comentários

Postagens mais visitadas